quarta-feira, 30 de março de 2011

Um mundo melhor, uma utopia?

A discussão que tomou conta do meu dia hoje  foi sobre: o que é natural e o que é cultural? Eu realmente não sei, já que sem a cultura o homem não seria homem, não falo da cultura das pessoas ‘cultas’, mas da cultura em geral. Tudo é cultura, desde que nascemos, como nos vestimos quando crianças, o que gostamos ou não de comer, como nos comportamos, desde o nascimento somos inundanos de cultura sobre o cotidiano e o que é considerado normal e correto pela nossa familia. Mas, e se não fossemos nem sequer tocados por essa cultura? Não faço idéia, creio que retornariamos ao estados pré homo sapiens, sem exemplos, opiniões ou instruções sobre o que fazer e como fazer, seria dificil até sobreviver.

Ao nascer e crescer em uma família, tende-se a agir de acordo com as normas da casa embora ocorram desvios em alguns casos. E por que eles ocorrem? Sei que as crianças podem ser educadas através de um exemplo bom, o que faz com que elas vejam o responsável com ídolos e, por isso seguirão o bom exemplo. Sei também que o mau exemplo, quando muito extremo pode funcionar também na boa educação, como por exemplo, se um filho vê o pai morrer de câncer de pulmão por fumar cigarro, e acompanha todo o processo da doença e o sofrimento, um trauma é criado e dificilmente a criança irá fumar. É claro que educar através de traumas talvez não seja uma boa idéia, mas com certeza é algo que acontece. Tem também os defesores da ‘liberdade’ que acreditam que os pais devem sempre ter a mente aberta com os filhos, mesmo que estes venham a pisar nos valores da família, alguns acreditam que isso evita brigas e transtornos mais sérios. Outros acreditam que o certo é educar com disciplina e, principalmente, ensinar os valores, respeito e educação, deixar claro que há uma punição para tudo o que é feito errado. O que eu acho? Concordo com a ultima classe citada, entendo que o autoritarismo em excesso pode prejudicar, mas quando se trata de uma família, deve-se deixar um integrante faze o errado e não ser punido? Deve-se tapar os olhos e deixar que as pessoas continuem se machucando (talvez não fisicamente, mas todos que querem fazer maç a própria saúde estão se machucando)? Acima de tudo, acredito que a educação deve ser baseada no respeito ao próximo e, principalmente no amor próprio, não por motivos egoístas, mas porque grandes parte das brigas, e transtornos acontecem com pessoas que não se amam, e assim, não conseguem transmitir amor, nem atraí-lo para si. Creio que se alguém faz algo que possa prejudicar a saúde própria ou alheia, é errado e, principalmente, falta de amor próprio, afinal, quem fuma cigarros por exemplo, está se matando vagarosamente, e por que alguém que se ama e ama a vida faria isso?

Acho engraçado como as pessoas pertencentes a um determinado meio, conseguem pensar que todo o mundo (os 6 bilhões de hab.) pensa como elas, ignorando o fato de que há diferenças dramáticas de culturas entre países e que cada indivíduo é único, apesar de inundado a vida toda pela cultura local, o indivíduo é capaz de pensar e fazer conclusões lógicas sobre qualquer assunto que conheça, mas é fácil pensar que o que é considerado errado pela sociadade, é certo, e vice-versa, mas, o que não consigo compreender é: como algo que fere pode ser certo? Talvez seja falta de amor durante o desenvolvimento, talvez algum trauma, talvez seja um tipo de refúgio, talvez não tenham uma opinião muito firme e se deixe levar pelas outras pessoas mas, com certeza, o indivíduo não tem amor a vida. Talvez, nem sequer saiba o que é amar. E, sendo assim, como é possível o mundo ficar melhor, se as pessoas não forem movidas pelo amor e sim pela ganância, avareza, luxúria, vícios…?

O certo, o errado, o moral, o imoral, o ético e o não ético, muda a cada minuto, de país para país, a cultura se transforma de maneira constante mas, cito a linguagem do amor, e falo para nos basearmos nela, pois é a única coisa realmente universal, e todas as culturas, existe o amor. Não falo do amor carnal, relacionado a paixão e sexo, mas falo do amor incondicional, que nos torna incapazes de ferir a pessoa a quem direcionamos o amor e, falo também do amor próprio para que não firamos a nós mesmos e para que tenhamos sempre a vontade de melhorar e fazer o bem, para nós e para os outros, afinal, quem se ama se sente bem e, quem se sente bem transmite isso para o mundo, e ajuda as outras pessoas a se sentirem bem. Por fim, falo do amor, não para ‘evangelizar’ os leitores, mas por que acho que é algo que está em falta nos dias de hoje, com toda a violência e preconceito que fere cada vez mais pessoas. Então, se você também sonha com um mundo melhor, sem guerras, sem violência, comece por se amar e respeitar, tanto o outro como você mesmo(a).

Solange Prado.

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